A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou, dia 26 de março, informação sobre os procedimentos que não devem ser adiados durante a pandemia de Covid-19. O teste do teste do pezinho deve continuar a ser feito entre o 3.º e o 6.º dia de vida e não pode ser adiado, assim como as consultas de vigilância de saúde infantil e juvenil e o Programa Nacional de Vacinação.
Esta informação surge na sequência da implementação de medidas excecionais pelas instituições de saúde, no sentido de adiar os serviços não urgentes, com o objetivo de conter a pandemia de Covid-19, e pretende alertar para aqueles que não devem ser alterados. A informação divulgada reforça ainda as medidas aconselhadas para evitar o contágio das crianças e da família que se deslocam ao serviço de saúde.
Entre as orientações propostas, é aconselhado que a deslocação seja programada em família, que a criança seja acompanhada por um só cuidador e que se evitem acumulações em sala de espera de utentes, cumprindo as regras de distanciamento social e de higienização pessoal emanadas das orientações da DGS. É ainda proposto que sejam retirados os brinquedos e o material didático dos espaços comuns que possam constituir fonte de transmissão.
A informação sublinha ainda a necessidade de respeitar as normas de controle de infeção recomendadas para a Covid-19, incluindo limpeza e desinfeção frequente das superfícies e do mobiliário da sala de espera. Para mais informações, consulte a informação Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil e epidemia de Covid-19 aqui.
O Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e conhecido como “teste do pezinho”, é um exame efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé do bebé, que permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.
O exame deve ser efetuado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de centros de tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência.
Fonte: INSA (Noticia original)
31 de March de 2020 às 17:17