Portugal entrou, dia 26 de março, na fase de mitigação da pandemia Covid-19, por determinação da Direção-Geral da Saúde, envolvendo todo o sistema de saúde, público e privado. A preparação dos hospitais e centros de saúde para a Covid-19 está definida numa norma que estabelece o modelo de abordagem da pessoa com suspeita de infeção ou com infeção, durante a despistagem, o encaminhamento e o tratamento dos casos.
A fase de mitigação é a terceira e a mais grave fase de resposta à doença covid-19 e é ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária. A resposta é focada na atenuação dos efeitos da doença e na diminuição da sua propagação, minimizando nomeadamente a mortalidade associada.
Nesta fase, os doentes ligeiros ficam em casa, os moderados vão aos centros de saúde, os graves, mas não críticos, são encaminhados para os hospitais e os críticos são internados. Centros de saúde e hospitais terão de dispor de áreas dedicadas à doença Covid-19.
Nos hospitais com serviços de pediatria, “poderá ser adequado a reorganização dos serviços” para “dedicar unidades hospitalares exclusivamente ao tratamento de doentes com Covid-19 em idade pediátrica, após ser esgotada a capacidade de resposta dos hospitais de referência identificados para o tratamento dos doentes Covid-19 em idade pediátrica”.
De acordo com a norma para a fase de mitigação, fazem testes de despistagem à Covid-19 as pessoas com suspeita de infeção, isto é, que apresentam sintomas como febre, tosse persistente ou tosse crónica agravada e dificuldade respiratória. Contudo, em caso de não ser possível testar toda a gente com suspeita de Covid-19, a DGS definiu a seguinte cadeia prioritária:
- Doentes com critérios de internamento hospitalar;
- Recém-nascidos e grávidas;
- Profissionais de saúde sintomáticos;
- Doentes com comorbilidades, nomeadamente com DPOC, asma, insuficiência cardíaca, diabetes, doença hepática crónica, doença renal crónica, neoplasia maligna ativa, ou estados de imunossupressão;
- Doentes em situações de maior vulnerabilidade, tais como residência em lares e unidades de convalescença;
- Doentes com contacto próximo com pessoas com as comorbilidades identificadas acima.
Para consultar a norma Covid-19: Fase de Mitigação – Abordagem do Doente, clique aqui.
Fonte: INSA (Noticia original)
31 de March de 2020 às 17:14