A Organização Mundial da Saúde publicou no dia 25 de Janeiro um relatório sobre obesidade infantil, no âmbito da Comissão para terminar a Obesidade Infantil (ECHO), culminando um processo de dois anos para abordar os níveis alarmantes de obesidade infantil e excesso de peso em todo o mundo.
O relatório ECHO propôe uma série de recomendações para os governos, no sentido de inverter a tendência crescente de excesso de peso e obesidade em crianças menores de 5 anos. Pelo menos 41 milhões de crianças nesse grupo etário são obesos ou com excesso de peso, com o maior aumento no número de crianças que nessa situação a serem provenientes de países de rendimentos baixos e médios.
Sir Peter Gluckman, co-presidente da Comissão defende que "é necessário aumentar o compromisso político para enfrentar o desafio global da obesidade e excesso de peso infantil", acrescentando que "a OMS precisa de trabalhar com os governos para implementar um vasto leque de medidas que abordam as causas ambientais da obesidade e excesso de peso, e ajudar a dar às crianças o início de vida saudável que merecem."
Segundo o relatório, muitas crianças estão crescendo hoje em ambientes que incentivam o aumento de peso e obesidade, impulsionados pela globalização e urbanização, a exposição a ambientes insalubres (obesogénicos) em todos os grupos socioeconômicos. A comercialização de alimentos pouco saudáveis e bebidas não alcoólicas foi identificado como um factor importante para o aumento do número de crianças obesas e com excesso de peso.
O relatório aposta ainda em 6 medidas chave:
- Promoção do consumo de alimentos saudáveis
- Promoção da actividade física
- Planeamento familiar e acompanhamento de grávidas
- Dieta e actividade física adequada na infância
- Saúde, nutrição e actividade física no contexto escolar
- Gestão do peso
Fonte: Adaptado de OMS (Relatório "Ending Childhood Obesity")
27 de January de 2016 às 17:19